26 de fev. de 2010

Nosso Deus é lindo!

Fazia muito tempo que eu não sentia a presença de Deus como ontem. Isso me fez cantar e chorar no carro indo pra casa. A música que brotou do coração foi mais ou menos assim:


"Só o amor de Deus pode fazer noite escura, manhã de verão
Só o amor de Deus pode fazer árvore seca florescer
Só o amor de Deus pode trazer paz ao coração

Só o amor de Deus pode transformar morte em ressurreição
Só o amor de Deus pode gerar do choro, esperança
Só o amor de Deus pode mudar tristeza em canção!"


Só mesmo um Deus lindo, que se importa conosco, que se curva graciosamente para estar com seus filhos, pode fazer tais coisas! Pode fazer tudo novo a cada dia! Te amo, Deus!

25 de fev. de 2010

Mensagem de Amor

Essa cruz! Já há vira em outra ocasião, lá de cima da ponte, bem no centro da cidade. Imaginei que fosse homenagem a alguém que houvesse morrido afogado, por suicídio ou talvez acidente. E que a cruz ainda representava morte, lembrando de todas as que vemos nos cemitérios, em trechos ao longo das estradas.

Essa está em um ponto do rio onde há pedras, onde a água começa a enfrentar um pouquinho de dificuldade pra continuar seu caminho. Mas é depois de passar por quedas-d’água que o rio recebe novo ânimo, mais oxigênio. As dificuldades são assim, nos impulsionam a crescer, melhorar e seguir em frente, apesar de nos desestruturar muitas vezes.

Hoje enquanto caminhava por aqui, próximo à margem do rio, me surpreendi com tal declaração: “TiAmo(...)”, assim, nessa cruz, como se a pessoa de repente pudesse voltar e se sentir querida ao ler. Lá de cima não dava pra ver que tinha algo escrito. Não sei se por ocasião da distância mesmo ou dos meus olhos míopes.

A cruz, suscitando esperança. Não fora essa também a mensagem de Cristo na cruz?: “Te Amo”. E, depois da dificuldade da crucificação não veio também vida nova, novo ânimo?.... Sei lá, pensamentos....
Estava andando pelos corredores do hospital quando me deparei com essa imagem. Achei interessante o recipiente com álcool gel logo abaixo do crucifixo. Dois símbolos de purificação, ainda mais em um ano como esse, de gripe suína. É como se, quando as mãos fossem aspergidas pelo álcool em busca do livramento dos microorganismos, também sentisse um pouco das gotas do sangue de Cristo, purificando a alma, trazendo alívio, esperança, principalmente ali, onde a doença se faz tão presente. Não sei se a fixação dos objetos fora intencional, mas é bem conveniente. A cruz ainda representa morte pra muitos, e vida pra outros, lembrando da ressurreição. No hospital vemos as duas, morte e vida assim lado a lado. Risos na maternidade, lágrimas na UTI, por vezes o contrário.

Dentro da Unidade de Cuidados Intensivos há um clima pesado, não sei, mas me sinto mal toda vez que entro lá. Acho triste e algumas vezes mesmo com os olhos marejados, parece que vejo as almas castigadas dentro de corpos que sofrem, que não aguentam mais. Almas dentro de corpos amputados, que se espremem pra caber, como as assistentes de mágicos dentro daquelas caixas... Lembranças da vida em abundância prometida pelo Senhor invadem minha mente ou melhor acordam aqui dentro. Acho que Ele também fica triste em nos ver assim, tão humilhados pela doença, pelo nosso próprio pecado. Senhor, que venha o teu Reino, a vida em abundância.

18 de fev. de 2010

No Caminho

Indo pra casa á tarde depois do trabalho numa certa altura do caminho , lá na passarela, uma borboleta laranja me acompanhou por um instante, lembrei da música borboleta da Marisa Monte, ...borboleta pequenina...aí, claro me veio a mente o comentário do Rubem Alves sobre poesias, leituras que carregamos no coração e mesmo querendo deixar a mente livre pra ter novos pensamentos, não conseguimos..Sim, ele se lembrava de outros escritores e eu me lembrei dele..herança literária..rs. E, ouvi também pássaros, os bem-te-vi, não sei como se faz esse plural...mas seu canto não era o esperado, ele parava antes, não terminava..há um texto da Cecília Meireles se não me engano que menciona algo sobre o canto diferente de alguns deles..aí, até em casa, fui dando atenção aos cantos, me senti feliz..Penso que havia algum evento importante que houvera deixado os pássaros alvoroçados, pois de manhã no trabalho alguém comentou sobre o barulho deles logo cedo..Sei lá, de repente uma festa, alguma fofoca..rs..

A Beleza da Tempestade


Hoje terça-feira , 08 de setembro de 2009..Estava no ponto de ônibus indo pra segunda parte do meu trabalho e havia um clima tenso. O céu estava cinza claro e as nuvens cinza escuro. Elas não paravam de andar de um lado pro outro, pareciam nervosas, preocupadas, sabe quando as pessoas andam assim, inquietas? A chuva era iminente e as pessoas no ponto estavam alvoroçadas. O vento começava a se apresentar, eu também fiquei preocupada. Teria que descer e não imaginava como fugir daquilo. Mas me lembrei do assombro relatado no livro do Brennan, sim, que devido as tecnologias as tempestades não causam mais espanto..Aí, acho que foi uma das poucas vezes em que admirei a tempestade, as cores e depois quando eu já estava dentro do ônibus começou a chover granizo, pedrinhas de gelo, lembrava pipoca estourando..tive vontade de rir. Pela primeira vez não me estressei porque iria me molhar e tal..Foi bom, ontem pude admirar o céu azul e hoje este cinza irado...



6 de fev. de 2010

Transição

O sol se apagou, se foi

ficou tão frio

A lua também foi embora

ficou tão escuro

Todos se foram

ficou tão quieto

E eu aqui, no escuro, na solidão

meu eu tão sozinho

tão longe, meio louco.

O mundo girando, eu

aqui tão parada.

Tão eu, que eu mesma

não sei onde estou

quero girar não posso

minhas pernas não vão

meus pensamentos não deixam

estou presa talvez a mim mesma;

Lágrimas rolam, não sei bem

porque, tantos motivos há,

talvez nenhum, ou serão vários?

Estou perdida, não consigo

me achar, tudo é tão monótono

os caminhos levam sempre a

mesmos lugares, mas as mesmas

pessoas não estão lá, foram embora,

eu apenas restei, sem sentido algum.

O passado tão longe

e ao mesmo tempo tão perto,

não me deixa em paz.

É tudo tão alegre e tão triste,

Por que tudo é assim?