18 de mai. de 2010

TERMINAL DE ÔNIBUS

Terminal de ônibus numa dessas segundas-feiras, bancos cheios desse lado. Vou ao outro, me sento e logo vem um cachorro que estava latindo na porta do banheiro feminino e se deita bem sob o banco, ele começa a se mexer e me preocupo, e se me morde?

A senhora ao lado parece desistir de esperar, ajeita a bolsa no ombro, pega sua sacola, levanta-se e sai. Mudo pro lugar dela, minutos depois no lugar em que eu estava senta-se um homem. É alguém que sempre vejo pelas ruas. Não sei, mas ele lembra o Erasmo Carlos, o cabelo lembra. Senti o cheiro, aquele de suor com pinga, parecia haver formigas no banco, ele começou a se mexer e não se acomodava. Ora sua mão estava no banco dele, ora no meu, comecei a escrever pra disfarçar, com medo que num rompante ele se virasse e sei lá... Felizmente as formigas venceram, ele se levantou e saiu!! Enquanto isso o cachorro quieto embaixo parecia dormir.

E não muda, senta, levanta gente, senta...O cachorro dormindo, eu observando daqui, voltei a esse lado... Caneta e papel jogo na bolsa, me levanto, meu ônibus chegou.

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